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Vinho Seco.

  • Foto do escritor: contatobedimcorpor
    contatobedimcorpor
  • 1 de mai.
  • 1 min de leitura

“Entre silêncios e pensamentos, mergulho nas minhas próprias verdades — um brinde aos olhares internos, que revelam quem somos... e terminam, como sempre, em vinho seco.”



Hoje eu acordei pensando como tudo seria diferente se o mundo me olhasse como eu realmente sou!


Tudo começa quando nos perdemos, e tudo acaba quando vemos que não faz sentido algum passar por coisas e momentos que devemos passar como aprendizados.


Me sentindo como você me olha, mas nunca me sinto como eu me olho. Da forma como eu realmente sou!

 

Cada olhar, cada palavra, parece reforçar essa sensação. Eu vejo os outros ao meu redor, todos tão completos, tão firmes em seu lugar, enquanto eu me sinto uma sombra, uma presença quase invisível. Às vezes, até tento me encaixar, fazer com que me vejam de forma diferente, mas no fundo sei que não passa de uma tentativa em vão. O que me dizem, o que vejo em seus olhos, tudo isso me diz que não sou mais que um lixo, algo descartável.

 

É uma dor silenciosa, que só quem sente pode entender. Não se trata de uma visão pessimista, mas da percepção de que a minha existência não é suficientemente valorizada. A impressão de que sou apenas mais um corpo na multidão, com sonhos e sentimentos que parecem não ter espaço. Isso vai corroendo aos poucos, até que me pergunto se algum dia poderei ver a mim mesmo de forma diferente, ou se sou realmente aquilo que os outros acreditam que sou.


E no final, tudo termina com um bom vinho seco…




Por João Victor

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