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O Ego.

  • Foto do escritor: contatobedimcorpor
    contatobedimcorpor
  • 2 de jan.
  • 2 min de leitura

O Ego: O que é.

O ego, no campo da psicologia, é frequentemente descrito como a parte da mente responsável pela nossa percepção de identidade, autorregulação e relacionamento com o mundo externo. Freud, em sua teoria psicanalítica, definiu o ego como o mediador entre os impulsos do id, as exigências da realidade e as restrições do superego. Para ele, o ego desempenha o papel crucial de equilibrar desejos e normas sociais.

A etimologia da palavra "ego" vem do latim e significa "eu", indicando o aspecto central de como nos percebemos e nos relacionamos com nossa própria identidade. Em abordagens mais contemporâneas, como a de Carl Jung, o ego é parte da psique consciente, mas não representa a totalidade do ser; para Jung, há também o self, que integra o consciente e o inconsciente.

Em poucas palavras, o ego é a percepção que temos de nós mesmos, o "eu" que busca se afirmar no mundo, mediando nossos desejos, emoções e a realidade externa. Ele pode ser saudável, mas também ilusório, ao depender de validação externa para se sentir valorizado.

O ego ferido surge quando experiências externas, como rejeições, fracassos ou humilhações, abalam a percepção de si mesmo. Segundo Jacques Lacan, o ego pode ser uma construção ilusória, alimentada pela busca constante de validação externa, o que intensifica a vulnerabilidade a feridas emocionais. Esse conceito sugere que o sofrimento associado ao ego está relacionado à nossa identificação excessiva com essa imagem construída.

Decifrar um ego ferido exige auto-observação e honestidade. É necessário questionar crenças sobre si mesmo que foram moldadas por experiências negativas ou validação externa. Práticas como mindfulness e meditação, inspiradas em autores como Jon Kabat-Zinn, ajudam a enfraquecer a identificação com o ego e a observar os pensamentos de forma imparcial.

A cura do ego ferido passa pelo fortalecimento da autoestima e pela desconstrução de narrativas autolimitantes. Brené Brown, no livro “A Coragem de Ser Imperfeito”,  ao abordar a vulnerabilidade e a vergonha, sugere que a autocompaixão é uma ferramenta poderosa para superar feridas emocionais. Aceitar que somos falíveis e dignos de amor, mesmo com nossas imperfeições, nos libera do peso das expectativas irreais.

Portanto, a cura do ego não é um processo de eliminação, mas de integração. Ao reconhecer o ego como parte de nossa psique e não como nossa essência, nos abrimos para viver de forma mais autêntica e conectada com o mundo e conosco mesmos.




Por MSc. Natiele Bedim

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